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Capacitação em boas práticas para manejo do pirarucu beneficia mais de 80 pescadores na RDS Mamirauá

O curso ocorreu em outubro, de 14 a 19, e capacitou 85 manejadores, de 10 comunidades ribeirinhas.

Capacitação em boas práticas para manejo do pirarucu beneficia mais de 80 pescadores na RDS Mamirauá
Capacitação em boas práticas para manejo do pirarucu beneficia mais de 80 pescadores na RDS Mamirauá (Foto: Reprodução)

Manejadores de pirarucu nos municípios de Fonte Boa e Juruá, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, receberam capacitação da Fundação Amazônia Sustentável (FAS) sobre boas práticas de pesca, limpeza, armazenamento, transporte e comércio de pirarucu. O curso ocorreu em outubro, de 14 a 19, e capacitou 85 manejadores, de 10 comunidades ribeirinhas.

A iniciativa faz parte do projeto “Sistema de rastreabilidade: inovação e inteligência de mercado na cadeia produtiva do pirarucu da RDS Mamirauá”, lançado em dezembro de 2023, em parceria com a Positivo Tecnologia e o Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio).

O primeiro curso, focado em “Boas Práticas de Pré-Beneficiamento do Pirarucu”, ocorreu na comunidade Tamanicuá, no município de Juruá. A iniciativa reuniu 67 manejadores das comunidades de Tamanicuá, Santa Luzia do Jussara e São Francisco da Mangueira. Já o segundo curso, sobre “Boas Práticas de Beneficiamento do Pirarucu”, foi realizado na unidade produtiva Salgadeira Cabocla, em Fonte Boa, e contou com 18 participantes de sete comunidades.

Ambos os cursos abordam temas fundamentais, como higiene pessoal, tipos de contaminação, evisceração e lavagem, uso de EPIs, legislação sanitária, técnicas de corte e filetagem, armazenamento e resfriamento do pescado. Muitos participantes destacaram que, embora atuem no manejo do pirarucu há anos, não haviam recebido uma capacitação tão completa.

Gracilvani Ferreira da Costa, morador da comunidade Tamanicuá e presidente do Acordo de Pesca São Sebastião, afirmou que a capacitação foi fundamental para garantir a qualidade do pescado.

“O curso é voltado para o manejo do pirarucu, mas também serve para o nosso dia a dia em casa. Como é um fato novo, estamos começando e não trabalhávamos com o pirarucu manejado antes [na comunidade], acredito que os comunitários estão bastante empenhados em passar [o conhecimento] adiante as boas práticas. Agradecemos aos parceiros, pois a comunidade se sente muito feliz por receber a equipe”, afirmou.

Outra participante, Sileia Pinheiro Lopes, moradora da comunidade Batalha de Baixo, destacou a importância de aplicar e compartilhar os conhecimentos adquiridos e observou o aumento da participação feminina no manejo do pescado.

“Antes, tinha muito menos mulheres, mas com o tempo, vieram os cursos e as capacitações. Nós nos esforçamos e hoje temos um número muito maior. Na minha comunidade, as mulheres estão se envolvendo ainda mais no manejo. Agora, quando vamos fazer o manejo do pirarucu, a maioria é mulheres. Com certeza, eu participando desse curso vou estar incentivando outras mulheres”, conta.

Próximos passos

Iniciado em dezembro de 2023, o projeto “Sistema de rastreabilidade” busca melhorar a renda dos pescadores que, anualmente, recebem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o manejo sustentável do pirarucu na Amazônia.

O sistema de rastreabilidade digitaliza as etapas de pesca, pré-beneficiamento, beneficiamento e comercialização para hotéis e restaurantes. Embora toda a cadeia gere empregos e fortaleça a economia local, a maior parte dos lucros ainda se concentra fora da comunidade, com os pescadores ficando com aproximadamente 15% dos ganhos, conforme aponta um estudo da Universidade Notre Dame, de 2019.

Além do peixe comercializado in natura, após o beneficiamento, a pele do peixe é transformada em couro, servindo ao mercado da moda, utilizada para tecidos, sapatos, bolsas e acessórios. Esse aproveitamento de subprodutos contribui para a geração de empregos diretos e indiretos, dessa maneira reforça a competitividade do setor na região.

"Acreditamos que o pirarucu tem um enorme potencial para gerar renda e promover o desenvolvimento sustentável na Amazônia. Com o sistema de rastreabilidade e as ações de capacitação, estamos construindo um futuro onde pescadores receberão um retorno financeiro mais justo pela atividade do manejo”, afirma Elizeu Silva, analista de Empreendedorismo da FAS.


Sobre a FAS

A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que atua pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia. Sua missão é contribuir para a conservação do bioma, para a melhoria da qualidade de vida das populações da Amazônia e valorização da floresta em pé e de sua biodiversidade. Com 16 anos de atuação, a instituição tem números de destaque, como o aumento de 202% na renda média de milhares famílias beneficiadas e a queda de 39 % no desmatamento em áreas atendidas.

Sobre o PPBio

O Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio) foi criado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) em 2019, é coordenado pelo Idesam e tem como objetivo principal direcionar recursos provenientes dos investimentos obrigatórios em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), previstos pela Lei de Informática, para fomentar a criação de novos produtos, serviços e negócios voltados à bioeconomia na Amazônia.

Além de impulsionar soluções voltadas ao desenvolvimento sustentável da região, o PPBio também busca conectar o potencial da Amazônia a soluções inovadoras e sustentáveis.

Sobre a Positivo Tecnologia

A Positivo Tecnologia é uma empresa brasileira de tecnologia que desenvolve, fabrica e comercializa computadores, celulares, tablets, dispositivos para casas e escritórios inteligentes, servidores e demais soluções para infraestrutura de TI, máquinas de pagamento e tecnologias educacionais. Também oferece serviços integrados em locação de equipamentos de informática e mobilidade, além de suporte técnico. O conjunto de produtos e serviços é voltado para consumidores finais, empresas, escolas e instituições públicas. A Companhia foi fundada em 1989, possui sede administrativa em Curitiba (PR), fábricas em Ilhéus (BA) e Manaus (AM), além de presença na Argentina, Quênia, Ruanda, China e Taiwan. O portfólio de marcas e negócios é composto por Positivo, Positivo Casa Inteligente, Positivo Servers & Solutions, PositivoSEG, Positivo as a Service, Positivo Tech Services, VAIO, Infinix e Educacional – Ecossistema de Tecnologia e Inovação. Em 2024, a empresa anunciou a compra da Algar Tech MSP, unidade de serviços gerenciados de TI da Algar Tech, empresa do Grupo Algar. Informações adicionais podem ser obtidas em www.positivotecnologia.com.br. Para as últimas notícias sobre a Positivo Tecnologia, visite Sala de Imprensa, assim como os perfis da Companhia no LinkedIn, Facebook e Instagram.

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